Sua origem pode ser desconhecida (idiopáticos), de origem genética ou secundários a outras doenças, como infecções, distúrbios neurológicos, distúrbios metabólicos como hipertireoidismo, obesidade, alcoolismo, neoplasias, lesões da medula espinhal, ansiedade, síndrome do pânico e estresse.
Pode afetar todo tegumento ou limitar-se à região palmoplantar, axilar, inframamária, inguinal, interglútea ou craniofacial.
Para aqueles que sofrem, a hiperidrose causa profundo embaraço – nos níveis social, psicológico, profissional e emocional.
Sua incidência fica entre 0,6% a 1% da população, e ocorrem com maior frequência em pacientes jovens. Em 2004, nos Estados Unidos, verificou-se um número de 150.000 pessoas com hiperidrose (2,9% da população estudada), sendo 51% axilar, 25% palmar e 20% facial. Desses pacientes, 38% necessitaram de tratamento cirúrgico.
Enquanto a sudorese axilar e plantar, na maioria dos casos, causa desconforto, a hiperidrose palmar causa problemas sociais, profissionais e, várias vezes, psicológicos.
O grau de comprometimento da qualidade de vida em pacientes com hiperidrose se compara ao observado em pacientes com doenças crônicas, como psoríase grave, insuficiência renal e artrite reumatoide em estágio avançado.
Ainda não se sabe se a incidência de hiperidrose é realmente maior no sexo feminino.
Tipos de Hiperidrose
Fazer a distinção entre Hiperidrose Primária (HP) e hiperidrose secundária (SH) é crucial para definir o tratamento mais adequado.
A simpatectomia toracoscópica videoassistida é o tratamento padrão para a HP das mãos e axilas, com um nível alto de satisfação e baixo índice de complicações, especialmente para bloqueios nervosos baixos.
Hiperidrose secundária generalizada: causada por uma condição médica ou pelo efeito colateral de uma medicação, como consequência direta de algum agente causador que esteja ocasionando o problema.
Hiperidrose Primária ou essencial é um distúrbio caracterizado por sudorese excessiva e incontrolável, na falta de uma causa que seja clara. É uma doença ligada ao estresse emocional ou fatores psicológicos, que afeta preferencialmente as axilas, palmas das mãos, plantas dos pés e face.
Sua incidência fica entre 0,6% a 1% da população, e ocorrem com maior frequência em pacientes jovens.
Em 2004, nos Estados Unidos, verificou-se um número de 150.000 pessoas com hiperidrose (2,9% da população estudada), sendo 51% axilar, 25% palmar e 20% facial. Desses pacientes, 38% necessitaram de tratamento cirúrgico.
Enquanto a sudorese axilar e plantar, na maioria dos casos, causa desconforto, a hiperidrose palmar causa problemas sociais, profissionais e, várias vezes, psicológicos.
Tratamentos
Os tratamentos convencionais para essa afecção não garantem resultados que satisfaçam o paciente, tornando os procedimentos cirúrgicos necessários.
Uma opção de tratamento baseia-se na remoção das glândulas écrinas e apócrinas (geralmente as que causam odor) da região axilar.
Várias técnicas foram propostas, todas com alto índice de complicações. A cirurgia endoscópica é menos invasiva e garante menores índices de complicações, sendo, portanto, uma ótima indicação de tratamento.
Desse modo, o bloqueio por cirurgia guiada por vídeo do ramo simpático tornou-se uma abordagem para o tratamento de hiperidrose quando o tratamento conservador não trouxe efeitos.
Entre as vantagens da cirurgia endoscópica que vêm sendo continuamente reconhecidas, vantagens como a menor intensidade de dor pós-operatória, o menor tempo de permanência hospitalar, o retorno mais precoce às atividades normais e com melhores resultados estéticos.
No entanto, está associada à complicações potencialmente relevantes, como sudorese compensatória pós-operatória e sudorese recorrente.
Em estudos recentes relacionados ao tratamento da simpatectomia, a Hiperidrose compensatória aparece entre 40 a 55% dos pacientes, assim como uma secura excessiva de alguma regiões do corpo.
Sabe-se que a HC (hiperidrose compensatória) é o principal e indesejável efeito colateral que aparece com o passar do tempo e não está relacionado à extensão da simpatectomia.
A secura excessiva é relatada por alguns pacientes sem melhora ao longo do tempo. Entretanto, o grau de satisfação pós-operatório é alto, mas diminui ao longo do tempo devido ao aparecimento de efeitos colaterais.
A HC é uma situação comum em pacientes que realizam simpatectomia, sendo imprescindível que os mesmos estejam cientes disso.
Medicamentos
Infiltrações intradérmicas de Toxina Botulínica são opções efetivas, porém, limitam-se pelo custo, tempo de efetividade e desconforto local.
Anticolinérgicos sistêmicos, como glicopirrolato, propatelina, benzitropina e oxibutinina, reduzem a sudorese corporal, contudo, associam-se a midríase, constipação, boca seca, visão borrada e retenção urinária. Bloqueadores de canais de cálcio, benzodiazepínicos e indometacina são também descritos para o tratamento de formas palmoplantares.
Tratamentos conservadores propostos pela fisioterapia incluem: iontoforese e fonoforese.
A iontoforese utiliza corrente elétrica de baixa intensidade, que transporta drogas pelo gradiente formado. A fonoforese emprega ultrassom para ampliar a absorção percutânea de fármacos.
Um estudo propondo fonoforese, empregando-se aparelho de ultrassom terapêutico 3MHz por dez minutos em cada mão, modulação contínua, frequência de 1MHz, intensidade de 0,4W/cm2, durante dez dias consecutivos.
Incorporado a 200g de gel de carbopol 1%, um frasco de BTX (Botox 100UI, Allergan Inc.) foi dissolvido em 1,5ml de soro fisiológico estéril e depois o preparado foi armazenado em geladeira e utilizado em todas as sessões.
A melhora relatada pelos pacientes ficaram entre 70 e 80%.
Destaquem-se a facilidade de aplicação e a ausência de efeitos adversos como características favoráveis ao uso dessas técnicas na hiperidrose palmar.
Microfisioterapia e a Leitura Biológica no tratamento da Hiperidrose
Sobre um resultado bastante específico utilizando-se das técnicas Microfisioterapia e Nova Medicina Germânica (Leitura Biológica) uma adolescente de 15 anos que tinha suas mãos molhadas de suor e frias, principalmente em situações de maior exigência no seu dia-a-dia como apresentação de trabalhos ou provas escolares. Relatava uma autocobrança bastante elevada.
O resultado foi expressivo após concluir 4 atendimentos, na sudorese e também na percepção de que as pressões sobre suas responsabilidades podem ser aliviadas, trazendo ganho de desempenho nas suas tarefas escolares e obviamente fora da escola também.
Referências bibliográficas:
ANDRADE, Patrícia Cristina. Tratamento da hiperidrose palmar com onabotulinumtoxinA veiculada por iontoforese ou fonoforese – relato de casos. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962011000600037&lang=pt
HASIMOTO, Erica Nishida. Hyperhidrosis: prevalence and impact on quality of life. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132018000400292&lang=pt
NICOLINI, Eveline Montessi. Simpatectomia torácica por videotoracoscopia: revisão da literatura. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912019000200302&lang=pt

Dr. Thalez é brasileiro, 40 anos. Graduado em Fisioterapia em 2002 na PUC – Pontifíca Universidade Católica do Paraná e Pós-Graduado em Fisioterapia do Trabalho, além de ter participado de diversos cursos de formação internacional. Conta com experiência profissional de 16 anos nas áreas de Fisioterapia e Microfisioterapia. FISIOTERAPEUTA – 44.400